quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Caracterização das Personagens "Felizmente Há Luar!"

Povo

Rita, Antigo Soldado, Populares

Representam o analfabetismo e a miséria
Escravizado pela ignorância
Não tem liberdade
Desconfiam dos poderosos
São impotentes face à situação do país (não há eleições livres, etc.)

Manuel 

Denuncia a opressão 
Assume algum protagonismo por abrir os dois actos
Papel de impotência do povo

Matilde 

Personagem principal do acto II
Companheira de todas as horas de Gomes Freire
Forte, presistente, corajosa, inteligente, apaixonada
Não desiste de lutar, defendendo sempre o marido
Põe de lado a auto-estima (suplica pela vida do marido)  
Acusa o povo de cobardia mas depois compreende-o 
Personifica a dor das mães, irmãs, esposas dos presos políticos 
Voz da consciência junto dos governadores (obriga-os a confrontarem-se com os seus actos)
Desmascarar o Principal Sousa, que não segue os princípios da lei de Cristo

 * Sousa Falcão 

Amigo de Gomes Freire e Matilde
Partilha das mesmas ideias de Gomes Freire mas não teve coragem
Medroso  


Delatores

Representam os "bufos" do regime salazarista.

* Vicente

É do povo, mas trai-o para subir na vida
Tem vergonha do seu nascimento, da sua condição social
Faz o que for preciso para ganhar um cargo na polícia
Demagogo, hipócrita, traidor, deslearl e sarcástico
Falso humanitário
Movido pelo interesse da recompensa
Adulador do momento

* Andrade Corvo e Morais Sarmento

Querem ganhar dinheiro a todo o custo
Funcionam como "bufos" também pelo medo que têm das consequências de estar contra o governo
Mesquinhos, oportunistas e hipócritas


Governadores  

Representam o poder político e são o cérebro da conjura que acusa Gomes Freire de traição ao país.

* Beresford

Representa o poder militar
Tem um sentimento de superioridade em relação aos portugueses e a Portugal
Ridiculariza o nosso povo, a vida do nosso país e a atrofia de almas
Odeia Portugal´
Está sempre a provocar o principal Sousa
Não é melhor que aqueles que critica mas é sincero ao dizer que está no poder pelo seu cargo que lha dá muito dinheiro
Tem medo do Gomes Freire (porque este pode-lhe tirar o lugar)
Oportunista, severo, isciplinar, autoritário e mercenário
Bom militar, mau oficial

* Principal Sousa

É demagogo e hipócrita
Não hesita em condenar inocentes
Representa o poder clerical/Igreja
Representa o poder da Igreja que interfere nos negócios do estado
Não segue a doutrina da Igreja que interfere nos negócios do estado
Não segue a doutrina da Igreja para poder conservar a sua posição
Não tem argumentos face ao desmascarar que sofre de Matilde
Tem problemas de consciência em condenar um inocente mas não ousa intervir para não perder a sua posição confortável no governo
Fanático religioso
Corrompido pelo poder eclesiástico
Desonesto
Odeia os franceses
Defende o obscurantismo

* D. Miguel Forjaz

Representa o poder político e a burguesia dominadora
Quer manter-se no poder pelo seu poder político-económico
Personifica Salazar
Prepotente, autoritário, calculista, servil, vingantivo e frio
Corrompido pelo poder
Primo de Gomes Freire

* Gomes Freire de Andrade

Representa Humberto Delgado
Personagem virtual/central
Sempre presente nas palavras das outras personagens
Caracterizado pelo Antigo Soldado, por Manuel; D. Miguel e Beresford
Idolatrado pelo povo
Acredita na justiça e na luta pela liberdade
Soldado brilhante
Estrangeirado
Símbolo da esperança e liberdade

* Polícias : representam a PIDE

* Frei Diogo de Melo: representam a Igreja consciente da situação do país.





     

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Espaço de "Felizmente Há Luar!"


           Espaço físico - a acção desenrola-se em diversos locais, exteriores e interiores, mas não há nas indicações cénicas referência a cenários diferentes.

       Espaço social - meio social em que estão inseridas as personagens, havendo vários espaços sociais, distinguindo-se uns dos outros pelo vestuário e pela linguagem das várias personagens






Tempo de escrita de "Felizmente Há Luar!"

"Felizmente Há Luar!" foi publicado em 1961, em plena ditadura do regime de Salazar. 
Sttau Monteiro viu na época de 1810-1820 semelhanças com a realidade portuguesa da década de 1950-1960 e por isso marcou uma posição fortemente ideológica, denunciando assim a opressão vivida nessa época em que escreve  a obra.
  Dessa forma o escritor tenta estabelecer um paralelismo entre estas duas épocas. 



(resumido Interações Português 12º ano)



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tempo da acção de "Felizmente Há Luar!"

  Felizmente Há Luar! tem como cenário o ambiente político do início do século XIX. Em 1817, uma conspiração, encabeçada por Gomes Freire de Andrade, que pretendia o regressoa do Brasil do Rei D. João VI e que se manifestava contrária à presença inglesa, foi descoberta e reprimida com muita severidade: os conspiradores, acusados de traição à pátria, foram queimados públicamente e Lisboa foi convidade a assistir.
  As indicações temporais fornecidas pelo texto permitem-nos verificar que a intriga se desenrola de forma linear e progressiva.
  Historicamente, sabe-se que o General Gomes Freire foi preso a 25 de Maio de 1817 e executado a 18 de Outubro de 1817. Logo, a acção decorrerá entre estes dois marcos temporais.
  Perante o drama histórico evocado, o leitor/espectador é confrontado com a prepotência e arrogância de um poder repressivo e arbitário.
  O dramaturgo pretenderá que o espectador se comova, se revolte, se indigne, fique do lado de Gomes Freire e partilhe da dor de Matilde. Sendo assim, e na esteira de Bertch, Luís Sttau Monteiro, com forma crítica os acontecimentos representados e questiona-se sobre o presente.
 
(resumido Interações Português 12º ano)




Tempo Histórico de "Felizmente Há Luar!"

  A acção de Felizmente Gá Luar!" representa a história do movimento liberal oitocentista, no rescaldo das Invações Francesas e a "proteção" britânica que se lhe seguiu.
  A conspiração, encabeçada por Gomes Freire d'Andrade, manifestava-se contra a ausência da Corte no Brasil, contra o poder absolutista e tirânico dos Governadores e contra a proteção/presença inglesa personificada pelo Generalísimo Beresord.
  Destaca-se, ao londo de todo o texto, a situação do povo oprimido e a falta de prespectivas para o futuro.
  Os acontecimentos históricos reveladores de um tempo de uma crise militar (depois das Invasões Francesas, a organização do Exército português é confiada aos Ingleses que se instalam no país, em 1808), de uma crise política, económica, ideológica e a data de execução do General Gomes Freire.


(resumido Interações Portuguès 12º ano)
 
 


Teatro Épico - Bertolt Brecht

  Bertolt Brecht nasceu em 1898 e morreu em 1956.
  Brecht foi o fundador do teatro moderno, inovou as técnicas de encenação e respresentação.
  De facto o autor trouxe para o palco e para a literatura os hérois modernos: os operários e camponeses de todo o mundo, os exilados, os bandidos, as criadas, os soldados, no seus constante contratempo com os respectivos amos, chefes, generais, comerciantes e deuses.
  O teatro de Bercht é aberto e contido, não conclusiv. Deixa ao espectador a solução dos problemas, ao mesmo tempo que ajuda a compreender o seu tempo. O teatro é inteiramente virado para despertar a consciência crítica do público, mas ao mesmo tempo que procura divertir o público també procura ensinar.
  Bertolt Bercht pensou que "pensar ou escrever ou produzir uma peça também significa transformar a sociedade, transformar o Estado, sujeitar as ideoligias a análise rigorosas".
  O desfecho da peça está sempre entregue nas mãos de cada um dos espectadores. No final do teatro, o público que esteve a assistir deve de estar num estado de elevação emocional.
  A nobre figura de Bercht exerceu uma enorme influência na evolução do teatro moderno, procurando, pelo exemplo e pela doutrinação, criar um teatro do nosso tempo, o teatro épico, um teatro oposto, pela natureza do teatro e da interpretação ao que ele chamou de "teatro de ilusão".
  Como disse Bercht, trata-se não de comover, mas "de suscitar uma critica social no espetador".

(resumido Interações Português 12º ano)



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Texto Dramático

  O teatro é um espectáculo, como tal, requer a presença física de actores, dando vida a um texto.
  O teatro é concebido para ser representado, ler uma obra de teatro impõe ter em conta como será representada.
  Ao texto dramático junta-se, no momento da representação, elementos visuais e sonoros. O autor dramático escreve um texto com vista a ser representado.
  Por esse motivo, ler um texto de teatro não é o mesmo que vê-lo representado, sendo essencial para a sua leitura descodificar as informações contidas nas didascálias, que fazem parte integrante do texto dramático.
  Aguiar e Silva afirma que o texto dramático é composto por dois tipos de texto:

o texto principal,  contituido por as falas das personagens;
o texto secundário ou as didascálias, fornece ao leitor a listagem inicial das personagens, a distribuição das falas pelas personagens, as informações sobre a posição das personagens, gestos, tom de voz, iluminação, o guarda-roupa, o cenário, e todas as outras informações e indicações do autor que são importantes para transmitir algum realismo ao público que assiste.


  A compreensão de um texto dramático exige uma leitura integral, tendo em conta os seguintes aspetos: texto; representação; contexto.


  O texto dramático divide-se em Actos e esses Actos estão divididos em várias Cenas.

  Acto - corresponde à mudança de cenário e/ou assunto do texto.
  Cena - corresponde à entrada e/ou saída de personagens do palco.







Biografia de Bibliografia de Sttau Monteiro

Vida e Obra de Sttau Monteiro
 
 
  Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro nasceu no dia 3 de Abril de 1926, em Lisboa.
Era filho de um embaixador, Armindo Monteiro, o seu pai desempenhou funções diplomáticas em Londres, entre 1936 e 1943, onde também viveu com a sua família.
  O contacto com a vida londrinha permitiu-lhe estar próximo de autores e estéticas literárias que influênciaram a sua personalidade. Teve também a percepção do flagelo da Segunda Guerra Mundial, o que contribuiu para que apurasse o sentido de justiçs que prepassa a sua obra.
  Por imposição de Salazar o seu pai foi demitido da função de embaixador, motivo que levou a família a regressar a Portugal, em 1943.
  Sttau ingressou no colégio de Santo Tirso, por não se ter adaptado resolveu matricular-se no Liceu Pedro Nunes.
  Mais tarde licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa em 1951, exerceu a profissão de advogado embra tenha sido durante muito pouco tempo.
Não conformado com a falta de liberdade que se vivia nos tempos Salazaristas, o que fez com que ele fosse para a cadeia do Aljube. Em 1961 foi preso pela PIDE, por ter participado no golpe militar de Beja.
  Desenvolveu uma intensa actividade jornalistica em jornais como o Diário de Lisboa, O Jornal e o Expresso e em revistas, tais como Almanaque e A Mosca, suplemento de o Diário de Lisboa.
  Iniciou a sua carreira literária em 1960, com o Romance Um Homem não Chora. Em 1961, publicou Agústia para o Jantar e a peça Felizmenta Há Luar! , galardoada com o "Grande Prémio de Teatro", a peça só foi representada pela primeira vez em 1969, em França.
  Em Portugal o texto só foi representado ao público no Teatro Nacional, numa encenação do próprio autor, em 1978, após a queda do regime ditatorial.
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia de Sttau Monteiro
 
 
Todos os Anos, Pela Primavera (1963);

O Barão (1964);
Auto da Barca do Motor fora do Bordal (1966);
A Guerra Santa/ A Estátua (1967);
- Entre muitas outras obras.
 
 
(Resumido de Interações Português 12º ano)
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 


Quem sou eu?!

Olá amiguinhos, eu sou a Joana Pardal, tenho 18 anos e frequento o Curso Profissional de Técnico de Turismo, no 12º ano, na escola D. Manuel I de Beja.
ESte Blog foi proposto por a professora dePortuguês, com a intenção de criarmos um Webfólio, onde vamos postar várias coisas sobre a matéria que vamos dar ao longo do ano.
Espero que gostem, muitos beijos e abraços para todos, espero que se divirtam por aqui :)